A situação crítica dos hospitais se estende para além da superlotação, causada pelo deslocamento de muitos cidadãos que buscam uma saída da região de Gaza, afirmou al-Kaila nesta terça-feira (24).
Segundo dados trazidos pela autoridade palestina, 12 hospitais não estão operando devido a ataques aéreos israelenses ou falta de combustível.
Além disso, com andares e corredores sendo usados para tratar os feridos, devido à falta de leitos, os médicos têm usado a luz dos celulares para realizar operações.
Só o Hospital Al-Shifa — maior complexo médico da região, recentemente bombardeado por Israel — está abrigando 50 mil pessoas deslocadas.
Por fim, a ministra anunciou que o colapso do sistema de saúde significa que pacientes com câncer e diálise não receberão tratamento. Por parte dos profissionais de saúde, os números estão alarmantes: pelo menos 65 médicos — incluindo enfermeiros — foram mortos em decorrência dos bombardeios.
O número total de vítimas da agressão israelense, desde o início das investidas a Gaza, atingiu 5.791 pessoas, incluindo 2.360 crianças, 1.292 mulheres e 295 idosos, além de 16.297 cidadãos que sofreram ferimentos diversos.
Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde da Palestina, 70% das vítimas são crianças, mulheres e idosos.