Panorama internacional

Estados da UE acumulam quase 100 mil toneladas de fertilizantes russos destinados a países pobres

Fertilizantes que seriam destinados como ajuda humanitária permanecem em portos europeus. Ministério das Relações Exteriores russo diz que situação é mais um exemplo da hipocrisia de países ocidentais.
Sputnik
Países da União Europeia (UE) mantêm retidos em seus portos cargas de fertilizantes russos destinados por Moscou como ajuda humanitária a países pobres do continente africano. A informação foi dada em comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Segundo o órgão, mais de 96 mil toneladas de fertilizantes russos estão retidas em portos de países da UE.
"Como parte do acordo entre Rússia e ONU, de setembro de 2022, a Rússia tomou a iniciativa de destinar 262 mil toneladas de fertilizantes minerais bloqueados nos portos da Letônia, Estônia, Bélgica e Países Baixos como ajuda humanitária aos países mais pobres. Desde então, no entanto, apenas duas entregas foram concluídas", diz o comunicado.
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Segundo o ministério, as duas entregas citadas são referentes a 20 mil toneladas enviadas para o Malawi e 34 mil toneladas para o Quênia.
"A liberação de três outros carregamentos planejados – para a Nigéria (34 mil toneladas), Zimbabué (23 mil toneladas) e Sri Lanka (55 mil toneladas) – foi paralisada, apesar de todos os procedimentos preparatórios terem sido concluídos", acrescentou o ministério.
O ministério destacou que a situação é mais um exemplo da hipocrisia dos países ocidentais e destacou que a UE declarou repetidamente que as sanções não se aplicam diretamente aos fertilizantes e às exportações de alimentos russos, mas na realidade Bruxelas continua a bloquear mesmo entregas gratuitas e puramente humanitárias de fornecimentos russos.

"É hora de Bruxelas, Londres e Washington vincularem suas ações com suas palavras sobre a não extensão das sanções ilegais aos produtos agrícolas russos, ou pararem de mentir aos consumidores, especialmente dos países do Sul Global, que suportam o fardo das consequências das restrições impostas [à Rússia]", concluiu o ministério.

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