"Uma vez que eles usam frequências de 5,8 [Gigahertz ou GHz] nós conseguimos [interceptar o sinal deles] e ver como operam. Observamos isso com regularidade. E reparamos que para eles é característica a 'caça livre'", disse o operador de drone russo com o codinome Kasper.
Segundo ele, isso significa que os operadores dos drones FPV ucranianos determinam o alvo em caso de seu aparecimento quando o drone já está no céu.
Normalmente, os drones kamikaze realizam operações de combate em alvos predeterminados. "Eles [alvos] são detectados por drones de reconhecimento aéreo e os operadores recebem as coordenadas exatas aos quais é lançado um drone FPV."
"O drone do adversário tenta chegar o mais fundo possível na nossa retaguarda ou linhas dianteiras, buscando rotas de suprimentos, estradas, e fica lá, simplesmente suspenso [no ar] ou voando perto de uma estrada, até que ele detecte um alvo. Ou seja, ele não vai a nenhum alvo diretamente, ele fica buscando por ele", explicou o militar russo.
O interlocutor da agência observou que o inimigo não poupa drones: quando um drone fica sem bateria, ele simplesmente cai e explode, e para sua substituição é imediatamente enviado outro drone.