"Este Conselho deve estar à altura do desafio que temos pela frente. Provavelmente seremos julgados — e considerados culpados — pelas gerações futuras pela nossa inação e complacência", destacou o chanceler brasileiro.
O encontro discutiu a escalada do conflito Israel-Hamas no Oriente Médio, iniciada no último dia 7 de outubro, após um ataque do grupo palestino contra Israel. Atualmente, o Conselho é presidido pelo Brasil, que, na última semana, viu a proposta costurada pela diplomacia brasileira ser vetada pelos Estados Unidos.
"Estratégias obstrutivas têm impedido a tomada de decisões cruciais sobre a paz e a segurança internacionais. Como resultado, a situação no Oriente Médio é de longe uma das questões mais frustradas no Conselho de Segurança", lamentou Mauro Vieira.
Durante fala, o chanceler do Brasil afirmou que a escalada da violência em Gaza é inaceitável. Além disso, ele citou o bombardeio de infraestruturas civis, que resultou na destruição de 42% das habitações na Faixa de Gaza.
"Não podemos tolerar a perda de mais de 2 mil crianças palestinas. Como potência ocupante, Israel tem a obrigação legal e moral de proteger a população local ao abrigo do direito humanitário internacional. Os recentes acontecimentos em Gaza são particularmente preocupantes, incluindo a chamada 'ordem de evacuação', que está conduzindo a níveis de miséria sem precedentes para pessoas inocentes'', destacou.