O projeto também condena o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel, que matou mais de 1,4 mil pessoas, conforme autoridades israelenses, e os "ataques indiscriminados" feitos pelo Estado judaico contra Gaza, na esteira de conflitos que se estendem desde 1948.
Pedimos um cessar-fogo imediato, duradouro e totalmente respeitado em termos humanitários", diz o texto da proposta, que também "condena veementemente todos os tipos de violência e hostilidades contra civis".
Na segunda-feira (23), o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, já havia anunciado, durante reunião do Conselho de Segurança, que a Rússia tinha preparado tal medida.
O texto "condena inequivocamente os ataques indiscriminados contra civis […] na Faixa de Gaza, em particular os hediondos ataques ao hospital al-Ahli, em 17 de outubro, e à Igreja Ortodoxa de São Porfírio, em 19 de outubro".
Por fim, a Rússia rejeita as ações israelenses que visam impor um bloqueio total à Faixa de Gaza, cortando o acesso de 2,3 milhões de palestinos a água, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.
Nesta terça-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que está incapaz de fornecer assistência humanitária aos hospitais no norte de Gaza, devido aos conflitos.
Guerra entre Israel e Hamas
Em 7 de outubro, o grupo palestino Hamas bombardeou áreas no sul de Israel, em ataque considerado sem precedentes, atingindo centenas de civis em ruas, carros, casas e até mesmo uma festa.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram inúmeros ataques aéreos sobre Gaza e o Estado judeu bloqueou o fornecimento de água e energia à região, também planejando uma ofensiva terrestre no norte do território e ordenando à população que evacue para o sul.
Segundo a ONU, tal deslocamento afetaria mais de 1 milhão de pessoas, metade da população de Gaza, e poderia ter "consequências humanitárias devastadoras".
Vários países têm apelado a Israel e ao Hamas para que negociem um cessar-fogo e viabilizem a solução da criação de dois Estados como única forma de alcançar a paz.
Até o momento, mais de 1,4 mil israelenses morreram e quase 5,5 mil ficaram feridos. Por outro lado, o conflito já deixou 5,8 mil palestinos mortos e 16,2 mil feridos. Atualmente, conforme as FDI, há mais de 200 reféns detidos pelo Hamas.