A China está aumentando a distância sobre os EUA nos registros de patentes de IA, o que ressalta a determinação do país asiático em moldar e influenciar uma tecnologia com vastas implicações a nível mundial, sugeriu na terça-feira (24) a agência norte-americana Bloomberg.
Citando dados fornecidos pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, afiliada às Nações Unidas, a mídia informa que as instituições chinesas solicitaram 29.853 patentes relacionadas à inteligência artificial em 2022, cerca de 3% mais que os 29.000 em 2021. Trata-se de um número quase 80% superior ao dos Estados Unidos, que diminuiu 5,5% em 2022. O Japão e a Coreia do Sul estiveram em terceiro e quarto lugares em 2022, com um total de 16.700 solicitações.
Como constata a Bloomberg, os números são um reflexo de como Pequim tem pressionado as empresas e agências chinesas a obter vantagem em áreas como a fabricação de chips, exploração espacial e ciências militares, particularmente depois que o presidente Xi Jinping ordenou que o país acelerasse os esforços em meio às restrições dos EUA em permitir acesso a tecnologias avançadas.
18 de setembro 2023, 08:37
Acadêmicos próximos aos tomadores de decisão em Pequim argumentaram que a criação de um arsenal de patentes é uma das maneiras mais eficazes de combater a campanha de restrições de Washington. Nem todos os registros de patentes resultam em invenções reais, mas as empresas chinesas, como a Huawei, estabeleceram um histórico de inovação de liderança no passado em setores como redes, supercomputação e reconhecimento de imagens.
No geral, a China foi responsável por mais de 40% dos pedidos globais de IA no ano passado, segundo os dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. A China ultrapassou os EUA no número de registros de IA já em 2017, quando as empresas chinesas aceleraram o uso de algoritmos em uma série de negócios, desde o transporte de carros até as compras on-line, lembra a mídia norte-americana.