Segundo a publicação, os problemas entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, criaram dificuldades para um trabalho eficaz da união.
Além disso, os dois líderes se reuniram em separado com o presidente americano, Joe Biden, durante sua visita aos EUA, mas eles não conseguiram alcançar nada, e isso os une.
A disputa seguiu com von der Leyen para a Europa, onde nesta semana a presidente da Comissão está realizando uma grande cúpula internacional, para a qual Michel não foi convidado.
As declarações contraditórias emitidas por funcionários europeus sobre o conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas mostraram claramente o fracasso da política externa da UE, destaca Bloomberg.
Nota-se também que esta "cisão no topo" entre os principais funcionários europeus, que diplomatas e funcionários consideram como "embaraçosa", só piora as coisas.
O obstáculo final na disputa entre as duas autoridades foi a viagem de von der Leyen a Israel, onde ela declarou seu total apoio ao país. A UE teve dificuldades em chegar a acordo sobre uma posição comum quanto à situação na Faixa de Gaza, mas a emissária da união não a abordou adequadamente. Desde então, alguns membros da União Europeia tiveram problemas com os países árabes.
Funcionários europeus que desejaram permanecer anônimos lembraram que a posição da UE em política externa é determinada não pela Comissão Europeia, mas por seus Estados-membros. No entanto, a pressão de Ursula von der Leyen tem sido tão forte que, aos olhos de muitos Estados, tornou-se um símbolo da União Europeia.