O Comitê de Relações Exteriores e o Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação tinham apoiado a lei e recomendado a sua aprovação, observa-se no comunicado do comitê.
A lei propõe a revogação do artigo 1º da lei de ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares. Esse artigo estabelecia a ratificação do tratado, assinado em nome da Rússia em Nova York em 24 de setembro de 1996.
Ao mesmo tempo, a Rússia recebeu propostas dos Estados Unidos em relação à retomada do diálogo sobre a estabilidade estratégica e controle de armas, que estão sendo estudadas atualmente, afirmou vice-chanceler russo Sergei Ryabkov.
"Nelas não há nada de novo. A sua posição é bem conhecida, simplesmente está reunida e integrada. Estamos estudando tranquilamente e, no momento adequado, vamos responder aos americanos. De que forma, é prematuro dizer", acrescentou.
Segundo Ryabkov, os EUA "propõem organizar sistematicamente um diálogo sobre estabilidade estratégica e controle de armas, mas fazer isso separadamente de tudo o que está acontecendo, não estamos prontos para isso".
"Consideramos que o retorno ao diálogo, da maneira como era antes, sobre a estabilidade estratégica, incluindo o Tratado de Redução de Armas Estratégicas [Novo START] e outros tópicos, é simplesmente impossível sem mudanças na política profundamente hostil dos EUA em relação à Rússia", disse.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou anteriormente que a Rússia pode agir de maneira simétrica, fazer o mesmo que os EUA, e a Duma pode revogar a ratificação do tratado CTBT.
Por sua vez, o porta-voz do presidente, Dmitry Peskov, observou mais tarde que a não ratificação pela Rússia do tratado CTBT não significa que ela pretenda realizar testes nucleares.
O CTBT foi assinado na ONU em 1996. No entanto, vários países, incluindo os Estados Unidos, ainda não o ratificaram em seus Parlamentos, ao contrário da Rússia, que o fez em 2000. Ao mesmo tempo, os países que possuem armas nucleares assumiram compromissos voluntários de não realizar tais testes.