Panorama internacional

Conselho de Segurança da ONU rejeita projeto de resolução sobre Israel e Gaza apresentado pelos EUA

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (25) um projeto de resolução sobre Israel e Gaza apresentado pelos Estados Unidos.
Sputnik
Tanto a Rússia quanto a China, que são membros permanentes do conselho, votaram contra a proposta norte-americana.
"Projeto desequilibrado, feito com pressa e não reflete a necessidade de cessar-fogo imediato", reclamou o embaixador chinês Zhang Jun ao comentar o texto.
No placar, 10 votos a favor (Albânia, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Reino Unido e EUA), 3 contrários (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e 2 abstenções (Brasil e Moçambique).
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Vai e vem

A resolução brasileira foi votada pelo conselho na última quarta-feira (18), quando teve o apoio de 12 dos 15 membros e a abstenção de outros 2 — Rússia e Reino Unido. Porém os Estados Unidos foram os únicos que rejeitaram o projeto, por serem um dos membros permanentes e disporem da prerrogativa de veto.
O texto previa a condenação dos atos de terrorismo praticados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, o que levou este país a declarar estado de guerra, além de uma pausa humanitária para o fornecimento rápido de bens essenciais e a evacuação de toda a área em Gaza na porção norte.
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"O projeto da presidência brasileira reuniu amplo apoio e foi aprovado por 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU […] — o que reflete o alto grau de preocupação com a situação humanitária decorrente do conflito. A aprovação no conselho requer o apoio de pelo menos nove de seus membros. Entretanto, o veto de um membro permanente do Conselho de Segurança levou à rejeição do projeto", pontuou o Ministério das Relações Exteriores na última quarta.
Após a votação, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse ter ficado desapontado com a posição americana, já que foi realizado "todo o esforço possível" para a aprovação do projeto.
"Esse texto focava basicamente na cessão das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária, e […] também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução. Ficou clara uma divisão de opiniões."
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