Em 21 de setembro, a missão diplomática indiana no Canadá suspendeu os serviços de solicitação de visto para canadenses devido a um escândalo diplomático entre os países relacionado ao assassinato de um líder separatista sikh no Canadá. Na época, a justificativa foi de que havia "ameaças à segurança", e o governo indiano chegou a chamar o Canadá de refúgio para terroristas. Os serviços consulares do Canadá na Índia não foram interrompidos, mas reduzidos, com a justificativa de que diplomatas estavam recebendo ameaças nas redes sociais.
Na semana passada, o Canadá trouxe de volta 41 diplomatas da Índia, como exigido por Nova Deli, mas afirmou que não tomará medidas retaliatórias.
Crise diplomática começou após assassinato de líder separatista indiano no Canadá
Hardeep Singh Nijjar, líder separatista da religião sikh, vivia no Canadá e foi morto a tiros por dois homens mascarados no estacionamento de um templo em 18 de junho.
Em setembro, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, declarou que havia iniciado uma investigação sobre o potencial envolvimento de agentes do governo indiano no crime. A Índia chamou as acusações de "absurdas" e ambos os países expulsaram os diplomatas.
O governo indiano declarou Nijjar como um terrorista em 2020. O movimento separatista visa estabelecer um estado soberano, Khalistão, para a população sikh na região de Punjab, no norte da Índia. Esse movimento ganhou força na década de 1940, com a independência da Índia e do Paquistão.
Os sikhs representam cerca de 1,7% da população da Índia, mas são maioria em Punjab, onde a religião foi iniciada no século XV. Cerca de 1,4 milhão de indianos vivem no Canadá e os sikhs correspondem à metade dessa população, segundo o último Censo canadense.