Na semana passada, o Instagram já havia apresentado um pedido de desculpas por adicionar a palavra "terrorista" no perfil de usuários palestinos. De acordo com o jornal The Guardian, a empresa afirmou ter ocorrido um erro na tradução automática.
Um usuário se manifestou nas redes quando percebeu que a combinação das palavras "palestino" em inglês, o emoji da bandeira palestina e a palavra "alhamdulillah" escrita em árabe era traduzida automaticamente para o inglês como "Praise be to God, Palestinian terrorists are fighting for their freedom", que em português se traduz como: "Louvado seja Deus, os terroristas palestinos estão lutando por sua liberdade".
"Corrigimos o problema que causava brevemente traduções inapropriadas do árabe em alguns de nossos produtos. Apresentamos nossas sinceras desculpas pelo que aconteceu", afirmou um porta-voz da empresa ao jornal.
No dia de ontem (25), a Meta, empresa-mãe do Instagram e Facebook, relatou que sua equipe de segurança identificou supostas tentativas de hacking em grandes contas pró-palestinas e, portanto, bloqueou esses perfis, ao mesmo tempo que tentava entrar em contato com seus donos, contou a NBC News.
Uma conta no Instagram com o nome de usuário @eye.on.palestine e com mais de seis milhões de seguidores desapareceu de repente na quarta-feira (25) assim como a @eye.on.palestine2. Ao tentar visitar essas páginas, o Instagram fornecia a seguinte mensagem: "Desculpe, esta página não está disponível".
"Essas contas foram inicialmente bloqueadas por questões de segurança após sinais de comprometimento. Estamos trabalhando para estabelecer contato com os donos das contas para garantir que eles tenham acesso", disse Andy Stone, porta-voz da gigante de tecnologia em um comunicado.
Os perfis incluíam posts a respeito de Gaza, com fotos e vídeos de pessoas feridas. Stone reafirmou que o motivo pelo qual as contas foram desativadas não dizia respeito ao conteúdo por elas divulgado. Os materiais, majoritariamente, não eram verificados por correspondentes internacionais e não é claro quem são as pessoas ou a pessoa que produz o conteúdo.
Nenhum detalhe sobre a investigação foi fornecido pelo representante e, até ontem (25), não foi possível contatar os proprietários nem por email.