O líder brasileiro tem conversado com "várias partes do conflito com preocupação humanitária, em defesa de um cessar-fogo e libertação dos reféns", informou a assessoria do petista.
A videoconferência cancelou a agenda que Lula teria com jornalistas, já que o presidente gostaria de "mais tempo" para dialogar com os familiares.
Além dele, participaram do encontro a assessora especial da presidência Clara Ant, o líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT), e o chefe da assessoria internacional da Presidência da República, Celso Amorim.
Na segunda-feira (23), o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o brasileiro Michel Nisembaun, de 59 anos, está desaparecido na região, que teve seus conflitos escalonados desde 7 de outubro, quando o grupo palestino Hamas atacou Israel e matou 1,4 mil pessoas.
O governo brasileiro tem reservado parte da agenda para conversar com chefes de Estado a fim de viabilizar a retirada de brasileiros retidos na Faixa de Gaza.
Lula já conversou com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, além dos líderes de Israel (Isaac Herzog, presidente), Palestina (Mahmoud Abbas), Irã (Ebrahim Raisi), Egito (Abdel Fattah al-Sisi), Turquia (Recep Tayyip Erdogan), França (Emmanuel Macron), Rússia (Vladimir Putin), Emirados Árabes Unidos (Mohamed bin Zayed Al Nahyan) e Conselho Europeu (Charles Michel).
O presidente brasileiro tem afirmado que o conflito entre Israel e Palestina é um "genocídio" e voltou a criticar as mortes no conflito no Oriente Médio. Do lado palestino, no total, já são mais de 5,5 mil vítimas.
Atualmente, ao menos três brasileiros foram mortos em Israel — Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Stelzer. Três israelenses com ascendência brasileira também morreram — Gabriel Yishay Barel, Celeste Fishbein e um terceiro sem identificação. Por fim, há um brasileiro-israelense desaparecido, Michel Nisembaum.
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda no Egito para trazer vítimas de volta ao país. No entanto, a fronteira entre o território egípcio e a Faixa de Gaza segue bloqueada.
O governo já conseguiu repatriar centenas de cidadãos que estavam em Israel, por meio de voos da Aeronáutica brasileira.