"Os combatentes do Hamas não têm para onde recuar diante de um ataque de Israel. As fronteiras da Faixa com Israel permanecem seladas, com aberturas limitadas na travessia de Rafah com o Egito para permitir a entrada de ajuda humanitária. [...] Sem ter para onde ir, é altamente possível que o Hamas decida se levantar e lutar contra uma invasão israelense", escreve o autor.
Além disso, segundo Ali, o Hamas usará armadilhas, bombas na estrada, dispositivos explosivos improvisados, atiradores, bem como uma extensa rede de túneis subterrâneos na luta contra o Exército israelense.
"A campanha aérea israelense desde 7 de outubro também ajudou o Hamas, porque destruiu edifícios e criou pilhas de entulho que ainda não foram removidas, o que dificulta trajetos pelo solo para as forças israelenses", apontou o especialista.
Enfatizando, o autor observou que o conflito palestino-israelense "se assemelhará a uma pesada luta urbana semelhante a outras batalhas nos últimos 20 anos em outros lugares do Oriente Médio contra militantes iraquianos e o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países]".
A recente escalada do conflito entre Israel e Palestina começou em 7 de outubro, quando mísseis partiram de Gaza em direção ao Estado judaico, pelo grupo armado Hamas. Atualmente o número de vítimas dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza sobe para 6.500 mortos e 18.000 feridos, segundo Ministério da Saúde da Palestina.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações para o estabelecimento da solução de dois Estados, um israelense e um palestino, segundo uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1947.