Para tentar reverter esse quadro, a Secretaria de Energia da Argentina negociou, nesta sexta-feira (27), com as principais operadoras de petróleo do país a importação de dez navios de combustível. "Nas próximas semanas, as faltas serão resolvidas", informou em comunicado a Secretaria.
Além da importação de uma dezena de navios de combustíveis, foi acordado que a capacidade de refino será aumentada nas refinarias que tiverem essa possibilidade. Atualmente, navios petroleiros estão atracados no Rio da Prata à espera de receberem pagamento e entregar o combustível.
Apesar dos recentes aumentos de preços para manter a competitividade em meio a uma crise volátil de câmbio, o fornecimento precário afetou a capital, Buenos Aires, e as cidades de Córdoba e Mar del Plata.
Com inflação em mais de 140% ao ano, o Banco Central do país está com baixa reserva de dólares, e o dólar paralelo bate recordes frequentemente em uma crise financeira que já dura décadas.
A crise nos postos ocorre às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais argentinas, que será realizado no dia 19 de novembro. Concorrem ao mais alto cargo do Executivo o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o ultraliberal Javier Milei.