A medida passa a valer no sábado (28) "até um novo aviso", disse em coletiva de imprensa. Apesar da revogação, o comissário lembrou que o fim do confinamento não significa que a crise no estado tenha acabado e acrescentou que todos devem ficar em alerta.
O suposto autor do massacre, identificado como Robert Card, de 40 anos, ainda não foi localizado. As operações para encontrar o criminoso são executadas com o apoio das forças de segurança federais.
Também não foram descobertas as motivações do suspeito, que chegou a ser internado neste ano em uma instituição de saúde mental após ameaçar fazer um tiroteio em uma unidade da Guarda Nacional americana. Robert Card também tem histórico de serviço militar e é instrutor de armas de fogo.
Os disparos aconteceram em um supermercado do Walmart, além de um bar e uma pista de boliche na cidade de Lewiston. A arma usada no crime é, aparentemente, semiautomática. O município é o segundo mais populoso do estado do Maine e está a apenas 50 km da capital, Augusta.
Tiroteio foi o mais mortal do ano nos EUA
Dados do Arquivo de Violência Armada, uma organização não governamental, apontam que o tiroteio em Lewiston foi o mais mortal do ano nos Estados Unidos. Só em 2023 foram mais de 500 casos de ataque em massa — quando há quatro ou mais vítimas.
Após a tragédia, o presidente americano, Joe Biden, solicitou ao Congresso que sejam regulamentadas novas leis de controle de armas no país. Biden justificou o pedido alegando que "muitos norte-americanos já tiveram um membro da família morto ou ferido como resultado de violência armada".
"Trabalhem conosco para aprovar um projeto de lei que proíba armas de assalto e carregadores de alta capacidade, para promulgar verificações universais de antecedentes, para exigir o armazenamento seguro de armas e acabar com a imunidade de responsabilidade dos fabricantes de armas", disse em comunicado.