Hoje (27), após a entrada de Israel na parte norte da Faixa de Gaza, o grupo islâmico Hamas afirmou que está repelindo a incursão terrestre israelense.
"As Brigadas Al-Qassam [braço armado do Hamas] estão resistindo a uma incursão terrestre israelense no leste de Bureij, com confrontos violentos ocorrendo atualmente no local", disseram em comunicado.
Enquanto isso, o jornal The Times of Israel também confirmou os embates armados, afirmando que "as forças terrestres das Forças de Defesa de Israel, incluindo tanques, operam no enclave".
Em declaração, as Brigadas Al-Qassam publicaram que as forças de Israel foram combatidas e se retiraram do local.
"Hoje o inimigo tentou realizar uma operação de desembarque na praia de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A tentativa foi descoberta pelos nossos combatentes, então eles entraram em confronto com o inimigo. Isso exigiu a intervenção da Força Aérea sionista, que salvou aqueles que tentavam entrar. Eles fugiram em direção ao mar, deixando para trás uma quantidade de munição que carregavam durante a tentativa de entrada", afirma a ala do Hamas.
Ainda diante da operação por terra, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, ressaltou que "se uma pausa pudesse ser eficaz para permitir a libertação dos reféns, isso seria algo que apoiaríamos absolutamente e acreditamos que Israel deveria apoiar também".
Kirby também disse que a Casa Branca "apoia pausas humanitárias para a entrada de insumos básicos" e "isso inclui […] a entrada de combustível e a restauração da energia elétrica". A fala vai contra a decisão recente de Israel de não permitir a entrada de combustível na região da Faixa de Gaza.
As conversas sobre liberações de reféns podem ter sido o ponto-chave para a decisão de entrada na Faixa de Gaza por Israel, visto que, até o momento, nem o país nem o Hamas chegaram a um acordo.
Segundo o Financial Times, o Hamas havia oferecido a opção de liberar reféns estrangeiros em troca de um cessar-fogo de cinco dias, mas estabeleceu condições adicionais para a libertação de reféns israelenses. A proposta ainda englobaria a liberação de soldados israelenses que estão detidos pelo movimento palestino em troca de prisioneiros.