O movimento palestino Hamas disse em declarações publicadas na sexta-feira (27) no jornal russo Kommersant que está à espera de um cessar-fogo de Israel para poder libertar reféns.
"Centenas de cidadãos e dezenas de militantes de várias facções palestinas entraram nos territórios ocupados em 1948 e, após a queda da Divisão Israelense de Gaza, capturaram dezenas de pessoas, a maioria civis, e precisamos de tempo para encontrá-los na Faixa de Gaza e depois libertá-los", disse Abu Khamid, um representante do grupo, durante visita a Moscou, acrescentando que tal tarefa requer um ambiente calmo.
"O bombardeio israelense matou 50 prisioneiros até agora", apontou também.
O jornal israelense The Jerusalem Post informou nesta sexta-feira (27) que unidades de infantaria e veículos blindados e de engenharia da 36ª Divisão das Forças de Defesa de Israel (FDI) executaram uma incursão na Faixa de Gaza, com o objetivo de atacar "o Hamas" e "alvos terroristas".
Na quinta-feira (26) Daniel Hagari, porta-voz das FDI, declarou que as incursões de militares israelenses em Gaza preparam o terreno para a próxima etapa da operação militar, e que ocorrerão nos dias seguintes.
A visita acontece em meio ao conflito entre Israel e Hamas. Tel Aviv acusa o grupo da Faixa de Gaza de atrocidades cometidas após sua entrada em Israel em 7 de outubro, enquanto a comunidade internacional condena as forças militares israelenses como responsáveis por milhares de palestinos mortos desde então.