“Perdemos contato com o nosso pessoal em Gaza, com as instalações de saúde, com os profissionais de saúde e com o resto dos nossos parceiros humanitários no terreno”, escreveu o chefe da organização em sua conta na plataforma X (antigo Twitter):
"Este cerco me preocupa profundamente quanto à segurança deles e aos riscos imediatos para a saúde dos pacientes vulneráveis. Instamos a proteção imediata de todos os civis e ao pleno acesso humanitário."
A organização médica e humanitária Médicos Sem Fronteiras informou que enfrenta problema semelhante:
“Estamos profundamente preocupados com a situação em Gaza. Perdemos contato com colegas palestinos no terreno”, informou a organização na mesma rede social.
Mais cedo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Escritório para Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês) confirmaram a perda de contato com sua equipe.
A embaixada brasileira na Palestina foi avisada mais cedo que a Faixa de Gaza está sem Internet desde o início dos ataques terrestres e informou que perdeu temporariamente o contato com os brasileiros que se encontram em Gaza.
Israel iniciou ao anoitecer, horário local, ataques massivos na região.As Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, informaram em comunicado que estavam em combate com o Exército de Israel contra a invasão terrestre israelita na parte oriental do campo de refugiados de Al-Bureij, na Faixa de Gaza, onde número expressivo das Forças de Defesa de Israel (FDI) estão operando.
Segundo a Autoridade Palestina, o número de mortos pode chegar a 15 mil no território, que enfrenta a maior crise humanitária da história.
As operações começaram depois de uma série de ataques do Hamas contra as forças israelenses e que um foguete foi disparado em um prédio residencial em Tel Aviv, que deixou quatro pessoas feridas.
O conflito, iniciado há 20 dias, estava restrito aos ataques aéreos. A entrada, mesmo que parcial do Exército no território, deu início a uma nova escalada do conflito, que já deixou mais de 8 mil pessoas mortas.
O último boletim publicado, nesta sexta-feira (27), pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês) apontou que as cidades de Rafah e Khan Yunis, no Sul da Faixa de Gaza, foram as que registraram o maior número de mortes, nas últimas 24 horas, causadas pelos bombardeios de Israel, com cerca de 60 vitimas fatais e dezenas de feridos.
O comissário-geral da Agência, Philippe Lazzarini, declarou nesta quinta-feira (26) que a Faixa de Gaza está se tornando o "cemitério" dos palestinos, encurralados pelo cerco imposto por Israel".
O conflito, iniciado há 20 dias, estava restrito aos ataques aéreos. A entrada das Forças de Defesa de Israel no território, mesmo que parcial, deu início a uma nova escalada do conflito, que já deixou mais de 8 mil pessoas mortas.
Início do conflito
Em 7 de outubro, o movimento palestino Hamas lançou milhares de mísseis a partir da Faixa de Gaza num ataque sem precedentes e realizou uma incursão armada nas zonas fronteiriças do sul de Israel, o que levou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a declarar que o país estava em guerra.
Em resposta ao ataque surpresa do Hamas, os militares israelenses mobilizaram 300 mil reservistas, lançaram várias vagas de ataques aéreos contra Gaza e estão a preparar uma ofensiva terrestre.
Numerosos países apelaram a Israel e ao Hamas para que cessassem as hostilidades e negociassem um cessar-fogo; Multiplicam-se também as vozes a favor de uma solução de dois Estados como a única forma possível de alcançar uma paz duradoura na região.