A notícia foi dada pelo ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, em sua conta no X, antigo Twitter, que também pertence à Elon Musk.
"Israel utilizará todos os meios à sua disposição para combater isto. O Hamas irá utilizá-lo [o serviço Starlink] para atividades terroristas. Não há dúvida sobre isso, nós sabemos disso, e Musk sabe disso. Hamas é ISIS [também conhecido como Daesh e Estado Islâmico, grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países]", disse o ministro.
"Talvez Musk estivesse disposto a condicioná-lo com a libertação dos nossos bebês, filhos, filhas e idosos raptados. Todos eles! Até então, meu escritório cortará qualquer vínculo com o Starlink", afirmou.
A constelação de satélites Starlink, a maior do mundo, fornece serviços de Internet de banda larga com foco em áreas remotas.
Musk afirmou que a Internet providenciada por sua empresa será oferecida à apenas organizações humanitárias reconhecidas internacionalmente, como a Organização Mundial da Saúde, os Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha.
Um apagão de comunicações foi relatado no enclave palestino desde sexta-feira (27) à noite, quando os militares israelenses iniciaram uma ofensiva terrestre.
A falha nas comunicações perturbou os serviços de emergência e cortou o contato com o pessoal da ONU que presta ajuda humanitária em Gaza.
Segundo o ministro das Telecomunicações e Tecnologia da Informação da Palestina, Ishaq Sadr, o corte das comunicações do enclave palestino "é um crime contra a humanidade que ultrapassa a imaginação humana".
"Por meio desta medida, que ameaça o trabalho dos serviços humanitários, Israel quer silenciar as nossas vozes e encobrir os crimes que comete na Faixa de Gaza", disse o ministro.