O objetivo da reunião, segundo o Itamaraty, é criar medidas para garantir o acesso da população de Gaza à assistência humanitária e proteger os civis. O Brasil preside o colegiado até o dia 31 de outubro.
O encontro ocorre em meio a um processo de colapso da ordem civil na Faixa de Gaza, intensos bombardeios e falta de ajuda humanitária.
Desde a primeira reunião do Conselho de Segurança para debater o avanço da guerra, pelo menos quatro propostas de resoluções foram vetadas pelos países que fazem parte do órgão das Nações Unidas. Foram duas propostas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos.
Na semana passada, a resolução brasileira somou 12 votos de apoio e duas abstenções (Rússia e Reino Unido). Com o resultado, o texto poderia ter sido aprovado, mas o poder de veto dos EUA fez com que o documento fosse declinado.
Ontem (28), o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, informou que retomou contato telefônico com os brasileiros que estão nas cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza.
Na última sexta-feira (27), praticamente todos os serviços de Internet e telefonia móvel colapsaram em Gaza, impossibilitando a comunicação entre cidadãos de diversas regiões da zona de guerra.
Não há relatos de pessoas feridas em decorrência dos bombardeios dos últimos três dias. Ao todo, o governo brasileiro espera resgatar 34 pessoas, sendo 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração e três palestinos familiares, após o sinal verde do Egito.