Ciência e sociedade

Evidências genômicas dão pistas sobre ratos mumificados encontrados no topo de vulcões dos Andes

Uma equipe de cientistas descobriu 13 ratos de orelhas-de-folha (Phyllotis vaccarum) mumificados no topo de três vulcões andinos, a aproximadamente seis mil metros de altitude.
Sputnik
A pesquisa, publicada na revista Current Biology, relata a descoberta de restos mumificados de ratos Phyllotis vaccarum no topo de três vulcões andinos na Puna de Atacama, parte do Chile e da Argentina.
Os ratos mumificados representam os registros físicos de mamíferos encontrados a maior altitude no planeta.
Ao todo, foram encontrados 13 ratos mumificados nos cumes dos vulcões Salín, Púlar e Copiapó.
A datação por radiocarbono indicou que os restos mais antigos, os quatro encontrados em Púlar, têm, no máximo, 350 anos de idade. Enquanto os oito no topo de Salín e um em Copiapó têm apenas algumas décadas de idade.
Dados do polimorfismo genômico também revelaram um alto grau de continuidade entre os ratos dos topos vulcânicos e espécies similares de altitudes mais baixas no Altiplano circundante.
Além disso, revelaram uma proporção igual de machos e fêmeas entre os cadáveres e evidências de parentesco próximo entre alguns indivíduos.
Os pesquisadores acreditam que os animais chegaram ao topo por conta própria, e pretendem descobrir o motivo que levou esses ratos a viverem no topo dos vulcões, um local perigoso, com pouca água, falta de alimentos e frio extremo.
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