Panorama internacional

Israel bombardeia proximidades de hospital em Gaza e danifica alas, diz Autoridade Palestina

Explosões perto do hospital Al-Quds na Faixa de Gaza, que abriga cerca de 14 mil pessoas, foram divulgadas nas redes sociais e, segundo o Ministério do Interior palestino, uma das alas do edifício foi destruída.
Sputnik
Os bombardeios nas vizinhanças começaram, no início da tarde deste domingo (29), depois das ordens do governo israelense para evacuar o hospital. A organização Crescente Vermelho Palestino (PRCS, sigla em inglês), que administra o hospital, mostrou vídeos do local após os bombardeios e declarou em suas redes sociais que "houve danos significativos a vários locais do hospital.
A Autoridade Palestina afirmou que uma ala do hospital foi "severamente afetada" pelos bombardeios aéreos próximos ao edifício.
Os hospitais israelenses foram instruídos a evacuar antes do bombardeio, depois que a FDI alegou que o grupo palestino Hamas tinha sua infraestrutura escondida dentro e sob instalações médicas em Gaza.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, expressou preocupação com o alerta de evacuações a hospitais cheios de pacientes sem colocar suas vidas em risco:
“Nossas equipes também relatam ataques violentos e bombardeios muito perto do hospital, colocando ainda mais as pessoas em perigo. O Hospital Al-Quds é operado pela PRCS, um componente do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, e juntamente com outras missões e instalações médicas são protegidas sob direito humanitário internacional", acrescentou o comunicado.
O Crescente Vermelho, instituição similar à Cruz Vermelha, informou que é inviável a evacuação das centenas de feridos, incluindo os que estão em cuidados intensivos, que recebem suporte vital, e bebês em incubadoras.

"Estamos profundamente alarmados ao saber que as equipes da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) no hospital Al-Quds foram novamente instruídas esta manhã a evacuar imediatamente o hospital. Os hospitais são locais de ajuda e refúgio; eles devem ser protegidos a todo custo", diz o comunicado da entidade.

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Ainda segundo o PRCS, a maioria das pessoas refugiadas no hospital é composta por crianças e mulheres e "vivem com medo e ansiedade devido às ameaças das autoridades ocupantes de bombardear o hospital onde procuraram refúgio como resultado do bombardeio em curso, acreditando que seria um porto seguro".
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