Um deles é que mesmo que os Estados Unidos e seus aliados providenciem armas e veículos, a Ucrânia não tem tropas suficientes para operá-los. Segundo dados do Ministério da Defesa da Rússia, desde 4 de junho as Forças Armadas ucranianas perderam 90 mil militares, entre mortos e feridos.
O esvaziamento das fileiras é tão grande que no início deste mês, após as autoridades ucranianas ordenarem um ataque em Gorlovka, os oficiais do Exército responderam somente: "Com o quê?", referindo-se à falta de tropas e de armas. A publicação reporta ainda que alguns militares ucranianos estão em insubordinação aberta, recusando-se a ir para a ofensiva mesmo sob ordens diretas do gabinete do presidente, Vladimir Zelensky.
Sentimento de desesperança
A força da defesa russa e o agravamento do conflito em Israel, que tirou a atenção da Ucrânia, aumentou a sensação de desesperança não só entre os soldados ucranianos, mas também no alto escalão, que, segundo a matéria, está ainda mais corrupto. "As pessoas estão roubando como se não houvesse amanhã", disse Andrei Yermak, chefe do gabinete de Vladimir Zelensky.
O próprio líder ucraniano estaria se sentindo traído por seus aliados ocidentais, que o teriam deixado apenas com meios para sobreviver, mas não vencer o conflito com a Rússia. O presidente ucraniano teria voltado furioso de sua visita a Washington em setembro, disse uma fonte anônima à publicação.
A Time descreve também que, por sua própria admissão, Zelensky diz estar mais ocupado tentando convencer o Ocidente da "vitória certa" de Kiev do que qualquer outra coisa.