A economia de Israel pode encolher 11% em termos anuais no último trimestre do ano em meio ao conflito com a Faixa de Gaza, previu no domingo (29) a agência norte-americana Bloomberg, citando um relatório do banco norte-americano JPMorgan.
Os analistas dizem que as previsões feitas pelo banco na última sexta-feira (27), sobre o impacto econômico do conflito, que começou em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram Israel, eram "demasiado otimistas". O novo relatório foi publicado antes de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciar que a ofensiva militar de Israel em Gaza estava entrando em um segundo estágio, na forma de uma operação terrestre.
De acordo com os especialistas, o PIB de Israel poderia crescer 2,5% neste ano e 2% em 2024, mas os riscos "poderiam permanecer inclinados para o lado negativo".
O relatório estima que "medir o impacto da guerra na economia de Israel segue difícil, tanto por causa da incerteza ainda muito grande sobre a escala e a duração do conflito quanto pela falta de dados de alta frequência disponíveis".
Os conflitos recentes de Israel, incluindo um com o Hamas em 2014, que durou cerca de sete semanas e incluiu um ataque terrestre a Gaza; e uma guerra em 2006 com o grupo xiita libanês Hezbollah, "quase não afetaram a atividade" econômica, notaram os analistas, sublinhando que "a guerra atual teve um impacto muito maior sobre a segurança e a confiança internas".