No início de outubro, o chanceler alemão Olaf Scholz atrasou o envio devido a preocupações de que o pessoal alemão tivesse de viajar para a Ucrânia para ajudar no serviço e a operar a arma complexa, acrescentando que a presença de especialistas militares alemães na zona de combate poderia envolver ainda mais a Alemanha no conflito, provavelmente provocando um confronto direto com a Rússia.
Ao mesmo tempo, mesmo que os alemães tivessem enviado esta arma para Kiev, teria levado meses para treinar os soldados das Forças Armadas da Ucrânia na aplicação e integração destes mísseis nos sistemas de combate em uso, observa a publicação.
"Normalmente leva de um a um ano e meio para integrar a arma em uma plataforma de aeronaves de combate", aponta Joachim Knopf, diretor-administrativo da empresa da produção dos mísseis de cruzeiro Taurus.
O alcance dos mísseis Taurus é de mais de 500 km, continua a edição alemã, enfatizando que eles são melhores que mísseis de cruzeiro Storm Shadow e SCALP (que é a versão francesa dos Storm Shadow britânicos).
Além disso, destaca-se que, com a ajuda de mísseis Taurus, Kiev poderá atingir alvos na Crimeia, atacar as linhas de apoio da retaguarda e bunkers, pois os mísseis aumentaram a capacidade de penetração no que diz respeito às instalações defensivas.
A publicação também relata que, segundo informação, neste momento apenas 150 dos 600 mísseis de cruzeiro Taurus fornecidos para Bundeswehr estão prontos para lançamento.
Também é possível retomar a produção de mísseis, mas primeiro as autoridades alemãs devem fazer um pedido. Mas mesmo que o façam, levará "pelo menos um ano" para iniciar a produção, concluiu Knopf.