"Vamos apresentar um projeto de lei de financiamento independente para Israel esta semana na Câmara", disse Johnson no domingo (29) em entrevista à rede Fox News. "Sei que nossos colegas, nossos colegas republicanos no Senado, têm uma medida semelhante." Ele não deu nenhuma indicação de quando a Câmara poderá discutir sobre uma proposta de financiamento para a Ucrânia.
Desde que voltou do Oriente Médio, Biden está tentando aprovar seu projeto de lei, que agrega no mesmo texto US$ 106 bilhões (R$ 527 bilhões) em ajuda para a Ucrânia, Israel e projetos de defesa nacionais. No documento do presidente, cerca de US$ 61 bilhões (R$ 303 bilhões) iriam para a Ucrânia, enquanto US$ 14 bilhões (R$ 69 bilhões) seriam destinados ao conflito israelo-palestino.
Até agora, o Congresso norte-americano já aprovou US$ 113 bilhões (R$ 562 bilhões) em recursos para a Ucrânia, mas a oposição do Partido Republicano ficou mais forte desde então, e muitos não querem mais saber de financiar o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e o conflito na Ucrânia.
Johnson acredita que o projeto de lei de fundos apenas para Israel ganhará um forte apoio bipartidário, tanto na Câmara, quanto no Senado. "Minha intenção não é usar isso para nenhum jogo político partidário", disse. "Este é um assunto muito sério."
"Acreditamos que esta é uma necessidade urgente", disse Johnson sobre o auxílio estadunidense a Israel.
"Há muitas coisas acontecendo ao redor do mundo que temos que resolver, e o faremos, mas neste momento, o que está acontecendo em Israel chama a atenção imediata, e acho que temos que separar isso e fazer com que isso aconteça."
Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque com foguetes em escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.
Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizaram bombardeios contra alvos, incluindo civis.