"Realizamos cirurgias de cesarianas a mulheres grávidas afetadas por ataques aéreos sem anestesia, e também tivemos de fazer intervenções sem ela para tratar queimaduras graves", afirmou o chefe do hospital Nasser, localizado na Faixa de Gaza, Nahhed Abou Taima.
Anteriormente, a ministra da Saúde palestina tinha comunicado que o sistema de saúde entrou em colapso total, a Faixa de Gaza ficou sem medicamentos para câncer, diabetes e insuficiência renal, e há uma grave escassez de suprimentos médicos.
Todos os principais hospitais da Faixa de Gaza foram total ou parcialmente destruídos como resultado dos constantes ataques de Israel. Doze hospitais não estão operando devido à falta de combustível e energia.
Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque com foguetes em uma escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.
Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizaram bombardeios contra alvos, incluindo civis.
O número de vítimas na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, ultrapassou 8 mil pessoas, mais de 18 mil ficaram feridas.
De acordo com o artigo do G1, cerca de 30 cidadãos brasileiros estão abrigados em duas cidades no sul da Faixa de Gaza enquanto aguardam resgate. Parte está em Khan Yunis, outra parte está em Rafah, onde fica a passagem para o Egito, em uma casa alugada pela embaixada brasileira.