Operação militar especial russa

Zelensky se sente traído pelos aliados ocidentais, revela mídia

Artigo publicado na revista Time destaca que presidente ucraniano está irritado com o declínio do interesse do Ocidente na Ucrânia e se sente traído por seus aliados.
Sputnik
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, ficou irritado com os resultados de sua visita a Washington, em setembro, ao perceber a perda de interesse do governo americano na Ucrânia. A informação foi dada em um artigo publicado nesta segunda-feira (30), na revista americana Time.
Segundo o artigo, repórteres da revista Time foram a Kiev após a visita de Zelensky a Washington, para analisar junto a equipe de Zelensky como o presidente ucraniano reagiu aos sinais que recebeu do Ocidente, especialmente em relação ao declínio de interesse em um conflito sem indício de fim no horizonte e aos apelos constantes feitos a Zelensky para combater a corrupção em seu governo.
"Em meu primeiro dia em Kiev, perguntei a uma pessoa do seu círculo [Zelensky] como o presidente se sentia, e a resposta veio sem a menor hesitação: 'Irritado'", disse o autor do artigo.
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Segundo o articulista, o presidente ucraniano percebeu que o interesse pela Ucrânia está perdendo força ao redor do mundo, assim como o apoio internacional. Segundo o artigo, Zelensky se sente traído pelos aliados ocidentais.
"O habitual brilho otimista [de Zelensky], o senso de humor, o desejo de animar uma reunião sobre guerra ou de fazer uma anedota espirituosa, nada disso foi preservado. Agora ele chega, recebe as novidades, dá as ordens e vai embora", diz o artigo, citando pessoas próximas ao presidente ucraniano.
Os meios de comunicação ocidentais vêm destacando a cada dia a fadiga do Ocidente em relação à Ucrânia e a erosão do apoio a Zelensky. Após o agravamento da situação no Oriente Médio, o presidente dos EUA, Joe Biden, se comprometeu a apoiar Kiev e Tel Aviv. Porém, na semana passada, um grupo de senadores republicanos apresentou um projeto de lei que permite o envio de ajuda a Israel, mas não inclui auxílio à Ucrânia. O projeto foi apresentado poucos dias após a Casa Branca solicitar a aprovação no Congresso americano de uma ajuda de US$ 61 milhões (cerca de R$ 308 milhões) a Kiev.
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