Netanyahu está na política há mais de 35 anos. Segundo observa o artigo, durante esse tempo ele criou a imagem de um "falcão da guerra" – que diante uma situação tensa opta por uma retórica mais agressiva – pronto para se opor tanto à Palestina quanto ao Irã. Ao mesmo tempo o jornal acrescenta que o ataque do movimento palestino Hamas em 7 de outubro destruiu essa imagem, porque em Israel chamam esse ataque de pior fracasso no campo da segurança e inteligência em 75 anos.
De acordo com um membro sênior do partido Likud, a escalada do conflito para Netanyahu significa "fim do jogo". "Você encontrará muito poucas pessoas que pensam o contrário", disse ele ao jornal.
Outro membro sênior do partido Likud disse ao WSJ que o destino de Netanyahu depende do desenvolvimento do conflito em Gaza, mas é improvável que ele permaneça como líder do partido e primeiro-ministro de Israel. Destaca-se que, mesmo se Israel vencer o conflito, isso pode não salvar a carreira política de Netanyahu.
Anteriormente, Netanyahu havia postado na rede social X (antigo Twitter) uma mensagem alegando que ele não havia sido avisado sobre as intenções militares do movimento palestino Hamas antes do ataque em 7 de outubro. Depois disso, o premiê foi fortemente criticado. O líder da oposição israelense, Yair Lapid, disse que Netanyahu "cruzou a linha vermelha" acusando o Exército e os serviços de segurança do país de fracasso. Netanyahu apagou a mensagem e pediu desculpas.