Notícias do Brasil

Vazão das Cataratas começa a reduzir; volume ainda é 15 vezes maior que o normal (VÍDEO)

As fortes chuvas que atingem o Sul do Brasil desde o fim de agosto tem feito os cursos d’água da região atingirem marcas históricas. Na fronteira com a Argentina, as enchentes das as Cataratas do Iguaçu fecharam parcialmente o cartão postal e até as passarelas mais altas foram atingidas.
Sputnik
Na segunda-feira (30), o fluxo de água que desceu das cachoeiras no Paraná ultrapassou 24 milhões de litros por segundo.
Já nesta terça-feira (31), o volume começou a diminuir e chegou a 18 milhões e 100 mil litros d’água por segundo.
O valor é 15 vezes maior que o nível normal das cataratas, de 1,5 milhão de litros por segundo, e o segundo maior da história. "É o maior volume de água dos últimos anos", disse a Urbia à AFP, empresa responsável pela visitação turística no Parque Nacional do Iguaçu.
O maior volume de água já registrado aconteceu em 2014, quando a vazão de água chegou a 46,3 milhões de litros por segundo.
Equipes técnicas da Urbia Cataratas e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que gerencia o parque nacional, monitoram em tempo real a situação do rio Iguaçu.
Apesar da vazão ter começado a baixar, a passarela que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo segue interditada por motivos de segurança. Já as estruturas que levam à Trilha das Cataratas estão liberadas.
Por conta da procura turística, o parque está com horário de visitação ampliado, das 8h às 16h, entre os dias 2 e 5 de novembro. Também haverá reforço na equipe de todo o circuito turístico.
As Cataratas do Iguaçu estão entre as maiores do mundo, com 275 cachoeiras formadas pelo rio Iguaçu.
Notícias do Brasil
Brasil no olho do furacão: região Sul do país vive alarmante temporada de ciclones

Chuvas acima da média

Por conta do El Niño, que já provocou temporais históricos em todo o Sul do Brasil e o efeito inverso no Norte, a expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuvas acima da média na região, principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As precipitações podem superar 160 milímetros, com a possibilidade de alagamentos, deslizamentos de terra e granizo.
Em Porto Alegre, o nível do lago Guaíba subiu mais de três metros e ultrapassou a cota de inundação, o que deixou pontos turísticos como a orla e o Cais Mauá parcialmente abaixo d’água. O inverno, que terminou no fim de setembro, foi o mais chuvoso no estado nos últimos 62 anos.

Histórico de cheias:

1983: 35 milhões de litros por segundo
2014: 46,3 milhões de litros por segundo
2023: 24,2 milhões de litros por segundo

Histórico de secas:

1979: 100 mil litros por segundo
2006: 245 mil litros por segundo
Comentar