Panorama internacional

Câmara dos EUA recebe projeto de ajuda emergencial de US$ 14,3 bi para Israel; texto exclui Ucrânia

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos recebeu um projeto de lei que prevê ajuda emergencial a Israel de US$ 14,3 bilhões (R$ 72,1 bilhões). Porém, o texto exclui o pedido do presidente Joe Biden de envio de recursos para a Ucrânia, que tem perdido apoio no mundo Ocidental.
Sputnik
O objetivo do projeto é "fornecer dotações adicionais de emergência para responder aos ataques em Israel para o ano fiscal que termina em 30 de setembro de 2024 e para outros fins". O valor corresponde ao solicitado por Biden e foi elaborado pelos republicanos sem prever ajuda a outros aliados de Washington.
Anteriormente, a Casa Branca informou que Biden estava pedindo ao Congresso US$ 61,3 bilhões (R$ 309,4 bilhões) em recursos para a Ucrânia. O presidente também fez um discurso televisivo à nação, no qual apelou ao Congresso para dar a oportunidade de continuar o fornecimento ininterrupto de armas à Ucrânia.
Biden enviou um pedido de orçamento de emergência ao Capitólio para ajuda à Ucrânia, Israel e outros aliados americanos "críticos". Um artigo publicado na última segunda-feira (30) pela revista Time destacou que o presidente Vladimir Zelensky está irritado com o declínio do interesse ocidental no conflito que acontece no país desde 2022, quando a Rússia iniciou a operação militar especial.
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Segundo o artigo, repórteres da revista Time foram a Kiev após a visita de Zelensky a Washington, para analisar junto a equipe de Zelensky como o presidente ucraniano reagiu aos sinais que recebeu do Ocidente, especialmente em relação ao declínio de interesse em um conflito sem indício de fim no horizonte e aos apelos constantes feitos a Zelensky para combater a corrupção em seu governo.
O apoio à Ucrânia já vinha sendo questionado nos Estados Unidos desde antes do início da guerra entre Hamas e Israel, há 24 dias. O conflito começou no dia 7 de outubro, quando um ataque surpresa sem precedentes realizado pelo Hamas atingiu várias cidades do país. Além disso, o movimento invadiu o país pela fronteira sul e matou diversas pessoas — o número de óbitos já passa de dez mil.
Durante reunião de emergência na ONU, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini, declarou nesta segunda-feira (30) que uma "trégua imediata tornou-se uma questão de vida ou morte para milhões de pessoas". Para o dirigente, Israel aplica uma "punição coletiva" aos palestinos por conta do conflito contra o Hamas.
Mesmo com o início da chegada da ajuda humanitária há pouco mais de uma semana, a entrada de 150 caminhões com alimentos e remédios até o momento é insuficiente.
A guerra está relacionada aos interesses territoriais das partes, o que tem sido uma fonte de tensão e de combates na região há muitas décadas. Uma decisão da ONU em 1947 determinou a criação de dois estados — Israel e Palestina —, porém apenas o israelense foi criado.
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Fornecimento de armas à Ucrânia

A Rússia alertou os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha equipamentos militares se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
Lavrov afirmou também que os Estados Unidos e a entidade estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, não só através do fornecimento de armas, mas também formação de militares no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países. O país também recebe ajuda bilionária tanto dos Estados Unidos quanto da União Europeia.
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