Anteriormente, a revista norte-americana Time escreveu que a Ucrânia não tem soldados suficientes para usar os equipamentos e veículos fornecidos pelo Ocidente, mesmo que os Estados Unidos e seus aliados forneçam a Kiev todas as armas prometidas. O esvaziamento das fileiras é tão grande que a idade média dos recrutas é agora de 43 anos.
"O que está escrito na Time é um diagnóstico próximo da realidade", afirmou o especialista militar.
"O fator mais importante continua sendo o fator humano: eles não conseguirão reunir o mesmo Exército bem-preparado para o combate que tinham antes de 24 de fevereiro. Nem mesmo será possível reunir as forças que estavam lá antes da contraofensiva", destacou Aleksei Leonkov.
"Além disso, nem os mercenários estrangeiros nem os terroristas que lutam por eles os poderão ajudar. Os recursos de mobilização da Ucrânia estão esgotados", acrescentou Leonkov.
A reserva de mobilização bem-preparada se esgotou e "o novo pessoal, treinado […] nos programas da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], tem um treinamento significativamente pior", segundo o especialista.
A Ucrânia tinha, no começo da operação militar especial, dois milhões de reservistas militares. "65% deles já passaram pela linha de contato e, destes, 65%-80% não voltaram para casa e estão listados como mortos ou desaparecidos", resumiu ele.