De acordo com o portal de notícias g1, Tymbek, como era conhecido, foi encontrado morto em um rio no último dia 14, supostamente por afogamento, 16 dias depois de ter ido à Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, para denunciar a invasão de terras na TI Cachoeira Seca, onde vive a etnia Arara.
"Somos um povo de contato inicial, viemos aqui para exigir que se respeite nossa vida e nosso território. Sofremos muitas invasões. A demarcação só ocorreu 30 anos depois do contato com os não indígenas, em 2016", discursou, à época, o indígena.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que cerca de 697 km² de floresta foram desmatados na TI Cachoeira Seca entre 2007 e 2022.
"Tanto ele quanto o cacique receberam áudios, nenhum dizendo 'Vou te matar', mas 'Ah, você está aí? Que bom que está defendendo sua terra', 'Vocês não têm medo?', 'O que estão fazendo aí?'. E eles ficavam dando perdido, dizendo que era para apresentar a cultura Arara", relatou uma pessoa que esteve com Tymbek na ONU.