Segundo reportagem da Al Jazeera, o grupo palestino de direitos digitais 7amleh documentou que desde o dia 7 de outubro — quando foram iniciadas as recentes agressões entre Israel e o Hamas — foram contabilizados mais de 590 mil casos de discurso de ódio e de conteúdo violento contra cidadãos da Palestina em todas as plataformas digitais, a maioria dos quais encontrados no X (anteriormente conhecido como Twitter).
O grupo também registrou, reunindo dados, mais de mil violações de censura, discurso de ódio e incitação à violência em todas as plataformas.
De acordo com a plataforma, que colabora formalmente com a Meta (cujas atividades são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas) em questões de discurso regional, as autoridades israelenses também violaram os direitos digitais palestinos.
As violações, de acordo com a análise, incluem: prisões e interrogatórios por conta de atividades nas redes sociais; assédio; doxxing (ato de revelar as informações pessoais de alguém on-line); e inspeções telefônicas forçadas. Os oficiais de Israel também estariam fazendo incitações à violência e à desinformação em prejuízo dos palestinos.
"Informações falsas estão sendo utilizadas como armas para propagar o ódio e incitar a violência contra os palestinos. Elas também são usadas para manipular as opiniões dos cidadãos e desviar a sua atenção da realidade em Gaza", acrescentou o grupo.