"O vice-primeiro-ministro e também chefe das Relações Exteriores, Ayman Safadi, decidiu hoje [1º] retirar imediatamente o embaixador da Jordânia em Israel", disse a pasta em comunicado.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores de Israel foi notificado de que o embaixador israelense na Jordânia, que já havia deixado o país, não poderá retornar.
O gesto ocorre um dia depois de novos bombardeios por parte das Forças de Defesa de Israel (FDI) matarem ao menos 50 pessoas e deixarem centenas de feridos em um campo de refugiados palestino.
Também nesta quarta-feira, a Jordânia anunciou o início da evacuação dos seus cidadãos da Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, no sul do enclave.
Além da Jordânia, vários países retiraram seus embaixadores de Israel em retaliação às violações do direito internacional humanitário por parte do país na Faixa de Gaza.
As violações dizem respeito a cortes na energia elétrica, na água e na comunicação, entre outras provisões básicas, que têm sido negadas à população de Gaza por Israel.
Mais de 10 mil pessoas já morreram na região desde o início do conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas, em 7 de outubro. Somente na Faixa de Gaza o número de vítimas fatais passou de 8,7 mil, e cerca de 21,5 mil estão feridas, de acordo com os últimos dados disponíveis.
Desde 9 de outubro Israel mantém a Faixa de Gaza sem provisões básicas, embora no dia 16 tenha reiniciado o abastecimento de água ao sul do enclave, para onde se deslocam atualmente centenas de milhares de civis.