"Dado o elevado número de vítimas civis e [dada] a magnitude da destruição causada pelos ataques aéreos israelenses contra o campo de refugiados de Jabalia, estamos seriamente preocupados que estes sejam ataques desproporcionais, que possam constituir crimes de guerra", diz o comunicado.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, condenou em comunicado o assassinato de civis no ataque levado a cabo por Israel contra o campo de refugiados localizado na cidade palestina de Jabalia ontem (31).
No texto lido pelo porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, Guterres afirmou estar "horrorizado" com a escalada de violência e apelou às partes para que respeitem o direito internacional, que condenou "nos termos mais duros qualquer assassinato de civis".
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram ter atacado o campo de Jabalia na tentativa de liquidar um chefe do movimento palestino Hamas e explicaram as mortes dos civis como uma "tragédia de guerra".
A porta-voz do ACNUDH, Ravina Shamdasani, também declarou que o bloqueio da Faixa de Gaza e o bombardeio de zonas densamente povoadas por Israel são crimes de guerra.
De acordo com o Ministério do Interior do enclave, pelo menos 50 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no campo de refugiados com os bombardeios.
O cerco e os ataques à Faixa de Gaza continuam. Agora, as forças terrestres israelenses, com apoio aéreo e marítimo, romperam a linha de frente da defesa do Hamas no norte do enclave, segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari.