O problema dos Estados Unidos, em parte, é que, como superpotência, eles já estão operando "nos limites de sua capacidade": o clima do mundo se tornou muito mais complexo e o papel de Washington está sendo cada vez mais colocado à prova, ressalta a publicação.
Ao mesmo tempo, há muita vaidade nas manobras diplomáticas "inesperadas" da equipe do presidente americano: a visita a Israel em meados de outubro deveria sinalizar a liderança dos Estados Unidos, mas, no contexto do ataque ao hospital na Faixa de Gaza, a reunião de cúpula com Biden e os líderes da Jordânia, do Egito e da Autoridade Nacional Palestina foi cancelada.
"E, de repente, os Estados Unidos começaram a parecer completamente desnecessários", de acordo com o artigo.
Ao mesmo tempo, os desafios mais sérios estão à frente de Biden, e não está claro como ele será capaz de melhorar os resultados ambíguos de sua presidência nos últimos meses de seu governo.
"Há temores de que o cérebro de Biden simplesmente entre em colapso se uma terceira grande crise internacional aparecer no horizonte — se a China, sentindo a confusão dos Estados Unidos, decidir atacar Taiwan", escreve a mídia.
"A margem de erro por parte dos Estados Unidos é grande", destaca a publicação.
Como lembra a publicação, Biden, que se vangloriava de sua experiência em política externa, gozou com as tentativas de Donald Trump de aliviar as tensões na península coreana e em outros lugares, enquanto prometia tirar os Estados Unidos de guerras inúteis no Oriente Médio e encerrar uma era de autoridade decrescente de Washington.
"Em vez disso, as bases americanas na Síria e no Iraque estão sendo atacadas, e ele mesmo entra no ano eleitoral tropeçando de uma crise para outra", resumiu The Times.