Panorama internacional

Petróleo russo é negociado bem acima do teto de preços estipulado pelo Ocidente

O G7 e a UE impuseram um mecanismo de preço máximo de US$ 60 por barril em um esforço para reduzir as receitas no mercado de energia de Moscou.
Sputnik
O preço médio da principal mistura de petróleo bruto Urais da Rússia foi de US$ 81,52 (R$ 403,89) por barril em outubro, informou o Ministério da Economia nesta quarta-feira (2), 35% acima do limite de preço de US$ 60 (R$ 297,27) imposto pelo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e pela União Europeia (UE) em dezembro.
O desconto em relação ao benchmark Brent no mês passado foi de US$ 9,57 (R$ 47,41) por barril.
Os dados mostram que, em termos anuais, o custo médio dos Urais aumentou 15%. Em outubro de 2022, o barril de petróleo russo era negociado a US$ 70,62 (R$ 349,88).
No entanto, em termos mensais, o custo dos Urais diminuiu quase 2%. Em setembro, um barril de petróleo bruto russo custava em média US$ 83,08 (R$ 411,61). Durante os primeiros dez meses deste ano, o preço médio dos Urais diminuiu significativamente em comparação com o mesmo período de 2022, situando-se em US$ 61,84 (R$ 306,38) por barril contra US$ 79,57 (R$ 394,22).
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou no mês passado que as receitas de exportação de petróleo russo aumentaram US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 8,9 bilhões) em setembro, descrevendo o aumento como uma combinação de crescimento nos volumes totais de exportação e preços médios mais elevados do petróleo bruto e dos produtos petrolíferos russos. A Rússia arrecadou US$ 18,8 bilhões (aproximadamente R$ 93,1 bilhões) com exportações de petróleo em setembro, tornando-o o mês mais lucrativo desde julho de 2022, segundo a agência.
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A UE e os países do G7 não conseguiram impor um limite de preço de US$ 60 por barril às exportações marítimas de petróleo russas, que foi acordado em dezembro de 2022, de acordo com os dados prospectados. Restrições semelhantes foram introduzidas em fevereiro para as exportações de produtos petrolíferos russos. As medidas visavam reduzir as receitas da Rússia no setor de energia.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou posteriormente um decreto, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, introduzindo medidas retaliatórias ao teto de preços às exportações de petróleo russas. O decreto proíbe o fornecimento de petróleo e produtos petrolíferos a países que aplicam o teto de preços nos seus contratos e também proíbe entregas se um contrato mencionar direta ou indiretamente o limite.
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