"A Etiópia não é uma economia dispensável no continente africano. É o segundo país mais populoso de todo o continente. Ela consegue ganhar esse lugar no momento em que o BRICS decide expandir com outros países africanos. Isso permite ao país alcançar outros níveis de desenvolvimento e, também, outras fontes de renda, como o banco de desenvolvimento do BRICS", pontua a especialista.
"A Etiópia realmente foi uma escolha muito bem pensada pelos países do BRICS, justamente para atender esses critérios, que também são os […] atendidos por outros países, como os países árabes, que também passarão a fazer parte do bloco", assegura.
"[…] não foi necessariamente uma grande vantagem, ao longo do tempo, não ter tido o passado colonial. Com certeza, isso implica em menos casos de violência política, internamente, relacionados ao conflito colonial", crava.
A dinâmica do BRICS representa "uma abordagem inovadora que une relações políticas e econômicas, reconhecendo que a divisão entre esses dois aspectos é, na prática, meramente didática", informa o especialista.
"A estabilidade política e o desenvolvimento econômico normalmente são cenários atrelados, e o BRICS, neste momento, poderia ajudar a Etiópia no quesito desenvolvimento econômico. Investir em infraestrutura, fazer empréstimos em longo prazo, permitir maior entrada de capitais na Etiópia, fazendo com que exista algum tipo de desenvolvimento ou, pelo menos, algum plano de crescimento econômico", conclui a analista.