O Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou ter recomeçado a suspender a participação de atletas russos devido a violação da trégua olímpica após o início da operação militar especial na Ucrânia.
O Comitê recomendou excluir a Rússia e Belarus dos Jogos Olímpicos em fevereiro de 2022, mas em março aconselhou que os atletas de ambos os países fossem autorizados a participar de vários campeonatos, embora apenas como atletas individuais neutros, e não em equipes.
"As medidas tomadas e as recomendações do COI são consequência do lançamento da operação militar especial pelo Exército russo durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno em Pequim 2022. Foi uma violação da trégua olímpica que estava em vigor na época, e uma violação da Carta Olímpica", contou o serviço de imprensa do COI ao canal russo Match TV, citado na quinta-feira (2).
Quanto ao conflito armado na Faixa de Gaza e antes das Olimpíadas de Paris de 2024, o COI advertiu os atletas contra o comportamento discriminatório em relação aos seus rivais.
"O COI está comprometido com o conceito de responsabilidade individual, e os atletas não podem ser responsabilizados pelas ações de seus governos", disse um porta-voz do COI.
Por sua vez, Dmitry Chernyshenko, vice-primeiro-ministro da Rússia, declarou que o COI só apoia atletas que representam países apoiados por Washington.
"Hoje ouvimos que os atletas não devem ser responsabilizados pelas ações dos governos. Infelizmente, isso só se refere a atletas de Israel, mas não da Rússia. Sem timidez, o COI só apoia atletas de países que estão sob as asas dos Estados Unidos", disse ele.