Conforme Israel, são pelo menos 220 pessoas, muitas em situação debilitada de saúde. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, está na região e pediu uma pausa humanitária em Gaza, principalmente para a retirada dos civis. Ao todo, o território conta com cerca de 2,3 milhões de pessoas.
Netanyahu declarou ainda o contrário: o país vai continuar os ataques "com todo o seu poder" para eliminar o Hamas e disse que "rejeita uma trégua temporária que não inclua a devolução de nossos reféns".
O objetivo da pausa também é acelerar a chegada de alimentos, remédios, água e combustível em Gaza, que sofre bloqueios por terra, mar e água desde o início do conflito, no dia 7 de outubro.
Nesta sexta-feira (3), as Forças de Defesa de Israel (FDI) chegaram a disparar perto da entrada do Hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, o que deixou diversos mortos. No momento, um comboio de ambulâncias se preparava para deixar a unidade com pacientes feridos para a fronteira de Gaza com o Egito, onde fariam tratamento.
Segundo os próprios militares, o ataque a ambulância aconteceu por conta do veículo ser usado "por uma célula terrorista do Hamas". Depois do bombardeio, vários agentes do movimento palestino foram mortos.
Mesmo com o aumento da pressão internacional pelo fim da guerra na Faixa de Gaza, Israel teme que não terá tempo suficiente para erradicar todas as forças do Hamas. A informação é do jornal The New York Times, que citou como fonte um alto funcionário militar do país.
Conforme ele, as Forças de Defesa de Israel (FDI) vão conseguir tomar o controle do território, porém não tem "certeza, dado o crescente repúdio internacional ao país, de que eles terão tempo suficiente para erradicar todas as forças" do movimento.
Para concluir o objetivo, o militar disse que seriam necessários meses. Atualmente, a guerra acontece tanto por terra, ar e mar, com bombardeios e ataques diários. Hospitais, escolas e até campos de refugiados já foram atingidos pelo Exército israelense em Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de pessoas.
Países como Bolívia, Chile, Colômbia e Jordânia convocaram os embaixadores em Israel, o que mostra que não há apoio à continuidade da guerra. Quase metade da população palestina precisou evacuar cidades inteiras, principalmente na região Norte, onde a tensão é ainda maior. Mais de 32 mil pessoas já ficaram feridas e os hospitais estão em situação de colapso, com falta de estrutura, profissionais e até medicamentos como anestésicos, primordiais para a realização das cirurgias.
De acordo com a ONU, a situação em Gaza é catastrófica e essa é a maior crise humanitária já vivida pela população, que 80% do total está na faixa da pobreza. Antes do conflito, pelo menos 500 caminhões com ajuda humanitária chegavam ao território, que ficou mais de 10 dias sem receber nada.
Conflito começou há quase um mês
Em 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, quando o sistema de defesa antimísseis foi rompido. Na sequência, combatentes do Hamas entraram pelo país através da fronteira sul, quando assassinaram milhares de civis e fizeram mais de 220 pessoas reféns. Elas ainda seguem sob o poder do movimento.