"O povo palestino vem sofrendo há mais de 75 anos. A situação na Palestina tem sido muito dura nos últimos anos devido ao governo extremista e estúpido [de Israel]", disse Hassan Nasrallah.
É seu primeiro discurso desde o início da escalada entre a Faixa de Gaza e Israel.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza mostra a estupidez e a fraqueza de Israel. Israel está repetindo a experiência de 2006 com o Líbano, quando não conseguiu libertar reféns por meio de ações militares, tendo sido forçado a negociar", destacou o líder do grupo.
"Após um mês de hostilidades, Israel não tem qualquer conquista militar real na Faixa de Gaza. A vitória no confronto com Israel acabará por ser da Faixa de Gaza", ressaltou Hassan Nasrallah.
O secretário-geral do Hezbollah declarou estar pronto para qualquer mudança na frente libanesa com Israel. O Hezbollah entrou nas hostilidades contra Israel em 8 de outubro. 57 combatentes já morreram no confronto na fronteira entre Israel e o Líbano, incluindo combatentes das milícias palestinas no Líbano, de acordo com o comunicado de Nasrallah.
"Todos os cenários são possíveis. A probabilidade de uma guerra em grande escala entre o Hezbollah e Israel é real", acrescentou ele.
O movimento se coloca em risco, mas ele é útil porque conseguiu levar um terço do Exército israelense para a fronteira com o Líbano, resumiu ele.
Os Estados Unidos impedem o cessar-fogo na Faixa de Gaza, de acordo com o secretário-geral do Hezbollah.
"Os Estados Unidos são totalmente responsáveis pela guerra em Gaza. Israel desempenha o papel de executor dos EUA, eles são responsáveis por crimes contra os povos no século passado e neste século", afirmou o líder do grupo.
Os ataques contra as bases militares americanas no Iraque e na Síria acontecem porque os Estados Unidos são responsáveis pela situação nesses países e na Palestina, segundo ele.
Na quinta-feira (2), o Hezbollah afirmou que seus combatentes lançaram ataques simultaneamente contra 19 posições militares de Israel. O movimento também disse que usou dois drones para atacar posições israelenses no território das Fazendas de Shebaa, área na fronteira disputada entre o Líbano, Síria e Israel.