O líder turco afirmou que Estocolmo tomou algumas medidas em relação aos protestos organizados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e também em relação aos embargos de armas à Turquia, mas não às atividades do PKK na Suécia.
No mês passado, o presidente apresentou um projeto de lei aprovando a candidatura da Suécia à adesão à OTAN ao parlamento para ratificação.
"Nosso dever era submeter isso ao parlamento na primeira fase, nós fizemos isso", disse Erdogan hoje (4) citado pela Reuters.
No entanto, Erdogan disse que os diálogos planejados no parlamento sobre o orçamento de Estado da Turquia para 2024 teriam agora prioridade, sugerindo que a aprovação da adesão da Suécia à OTAN pode não ser rápida.
"[...] Mas tentaremos facilitar o trabalho [de ratificação da candidatura sueca à OTAN] tanto quanto possível. Tentaremos mostrar esforços positivos tanto quanto pudermos neste momento, desde que os nossos homólogos nos abordem de forma positiva", afirmou.
O projeto de lei deve ser aprovado pela comissão de Relações Exteriores do parlamento turco antes de ser votado pelo plenário da Assembleia Geral. Posteriormente a isso, Erdogan assinaria a lei permitindo o ingresso sueco à Aliança Atlântica.
A Suécia e a Finlândia, há muito neutras, candidataram-se à adesão à OTAN após o início da operação russa na Ucrânia. A adesão da Finlândia foi selada em abril, mas a candidatura da Suécia foi retida pela Turquia e pela Hungria.
A Rússia, através do seu vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, disse que Moscou fornecerá uma resposta espelhada às ameaças que emanam da adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica, conforme noticiado.