Milhares de manifestantes marcharam pelas ruas de Paris, Berlim e outras cidades europeias, hoje (4) para exigir o fim do bombardeio de Gaza por Israel.
As marchas refletem a crescente agitação na Europa devido ao crescente número de vítimas civis e ao sofrimento causado pela guerra entre Israel e o Hamas, especialmente em países com grandes populações muçulmanas, como a França.
Em Paris, o protesto reuniu vários manifestantes, que apelaram a um cessar-fogo imediato em Gaza com gritos contra Israel e caminhões com faixas e bandeiras da Palestina. Alguns criticaram o presidente do país, Emmanuel Macron, o acusando de cumplicidade com os massacres.
O policiamento foi intenso em todas as capitais europeias, com múltiplos detidos por "incitação ao ódio", segundo autoridades locais.
No centro de Londres, as ruas foram bloqueadas por manifestantes que gritavam “cessar-fogo agora”. Na capital inglesa, a Polícia Metropolitana declarou que os seus agentes realizaram 11 detenções, alegando que alguns manifestantes realizaram "incitações de ódio" que poderiam causar atos violentos.
Em Berlim, a marcha reuniu 6 mil manifestantes, que transitaram entre o centro histórico da capital. A polícia proibiu qualquer tipo de declaração pública ou escrita que fosse antissemita, anti-Israel ou que glorificasse a violência ou o terror, causando 59 prisões.
Em Bucareste, capital da Romênia, centenas de pessoas se reuniram no centro da cidade, com o principal mote de agitação sendo "salvem as crianças de Gaza".
Já em Milão, a marcha pró-Palestina atraiu cerca de 4 mil pessoas. Em Roma, a concentração foi menor, mas também contou com apoio da população italiana.
Na capital norte-americana, Washington, mais de 100 mil pessoas participaram, marcando o protesto como a maior manifestação pró-Palestina da história dos EUA, disse à Sputnik o coordenador nacional do grupo anti-guerra Coalizão ANSWER, Brian Becker. "Há mais de 100 mil pessoas, não sabemos o número exato. É a maior manifestação de apoio aos direitos palestinos na história dos Estados Unidos", completou.
No Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro concentraram maiores manifestações
São Paulo e Rio de Janeiro foram os maiores focos de manifestação, apesar de muitas terem ocorrido em outras capitais, em menor número. Na capital paulista, com estimativa de mais de 12 mil pessoas presentes, mulheres usaram vendas simulando a omissão internacional à morte de crianças em Gaza, marchando na Avenida Paulista e em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Manifestação pró-Palestina em São Paulo, 04/11/2023.
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No Rio de Janeiro, o ato foi simbólico em Copacabana, com lenços e bandeiras estendidos sob a areia, simbolizando as crianças mortas por bombardeios de Israel. Junto dos panos, que simularam os corpos das crianças, nomes dos mortos e bandeiras da Palestina também foram acrescentadas.