Operação militar especial russa

Guerra por procuração do Ocidente na Ucrânia expôs táticas 'fracassadas' da OTAN, diz analista

Kiev tem enviado suas tropas contra as defesas russas, acumulando enormes perdas humanas, ao mesmo tempo que não conseguiu inverter a maré da sua contraofensiva fracassada, apesar das armas da OTAN. Os veículos aéreos não tripulados (VANT) de última geração da Rússia têm sido responsáveis por atingir equipamento militar ucraniano.
Sputnik
O conflito na Ucrânia não só demonstrou de forma convincente que a guerra moderna mudou, como também expôs o completo fracasso das táticas de guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) face a estas novas condições, informou a publicação norte-americana com enfoque militar, 19FortyFive.

Os patronos da OTAN de Kiev têm ficado cada vez mais exasperados com a forma como a contraofensiva da Ucrânia não conseguiu produzir resultados, apesar dos milhões de euros em armas continuamente enviados para lá. Tanto os apoiantes ocidentais de Kiev como o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, têm incitado as tropas ucranianas a "ataques massivos" que "se tornaram suicidas", afirmou a publicação. Mas a "guerra relâmpago e em grande escala que eles imaginaram" permaneceu apenas na sua imaginação.

Uma das razões para isto é que o avanço da tecnologia de drones transformou a guerra em um processo lento de morte, a chamada "morte por mil cortes", escreve o veículo.
A guerra atual é igualmente "mais gradual", insiste a matéria. Segundo a publicação, a forma como a doutrina da OTAN foi posta em prática na sua guerra por procuração contra a Rússia na Ucrânia colidiu com as exigências da época. Além disso, o treino das tropas ucranianas pela aliança não conseguiu "cobrir a realidade da guerra moderna com drones", afirmou o meio de comunicação, se referindo às opiniões de especialistas dos veteranos do Exército dos EUA.
Panorama internacional
Em coletiva em Kiev, Zelensky e von der Leyen admitem que conflito em Israel 'tirou foco da Ucrânia'
Assim, as "ofensivas baseadas na manobra de armas combinadas", tais como tanques e veículos de combate de infantaria (IFVs, na sigla em inglês) que rompem as linhas de defesa, apoiadas por uma série de artilharia e poder aéreo, não funcionaram no caso da Ucrânia, segundo o colunista.
As tentativas ucranianas de assalto utilizando grandes unidades blindadas resultaram em pesadas perdas. Tais ataques, nos quais o sucesso depende de um nível superlativo de coordenação, são um feito que os exércitos da OTAN "passam anos" para aperfeiçoar. No entanto, nas Forças Armadas da Ucrânia, compostas principalmente por civis recentemente mobilizados, tais ataques tornam-se naquilo a que os especialistas chamam de "moedor de carne". Além disso, lançar tais tropas contra as linhas de defesa da Rússia, com vastos campos minados, valas antitanque e obstáculos de defesa de concreto em forma de pirâmide, conhecidos como "dentes de dragão", é inútil — algo que a Rússia tem provado repetidamente ao longo de sua história.
Neste ponto, é preciso notar que as Forças Armadas ucranianas estão ficando sem efetivos devido às perdas acumuladas. A Ucrânia está sob lei marcial desde 24 de fevereiro de 2022, com homens entre 18 e 60 anos proibidos de deixar o país. Os recrutados são frequentemente notificados em vários locais públicos, sendo o uso da força cada vez mais exigido por parte das forças de segurança e do pessoal militar, que realizam incursões contra potenciais recrutados.
Recentemente, tem havido dezenas de protestos em cidades ucranianas, com as pessoas exigindo um limite de 18 meses para o serviço militar obrigatório para os recrutados. As autoridades ucranianas acreditam que dezenas de milhares de "escapistas do recrutamento" fugiram para a Polônia, República Tcheca, Hungria, Alemanha e outros países europeus para obterem o estatuto de refugiado.

"Os dias de ataques blindados em massa, que ocupavam muitos quilômetros de terreno de cada vez, como fizemos em 2003 no Iraque — essa coisa desapareceu porque os drones se tornaram muito eficazes agora", disse o antigo sargento do Exército dos EUA, Bradley Crawford, citado pelo The Wall Street Journal.

Na verdade, qualquer tentativa de ataque em grande escala é rapidamente percebida pelos drones.
Panorama internacional
Mercenário dos EUA relata quantos combatentes norte-americanos foram mortos na Ucrânia
Os VANT de última geração da Rússia, como as munições kamikaze Lancet, têm causado estragos nas forças ucranianas na zona de combate da operação militar especial. Os militares da Rússia, com ataques cirúrgicos de drones, têm infligido enormes perdas de pessoal e armamento da OTAN entregue a Kiev.
O Ministério da Defesa da Rússia, juntamente com correspondentes militares, têm publicado ativamente imagens de vídeo que mostram como os drones estão sendo utilizados com sucesso para fins de combate visando as Forças Armadas ucranianas na zona de operações.
Os drones kamikaze Lancet de última geração da Rússia também se tornaram recentemente mais mortíferos, depois de serem equipados com sistemas de orientação automática, apontaram observadores militares russos. Além disso, tem havido relatos de que as Forças Armadas russas estão discutindo a possibilidade de criar unidades separadas armadas com VANTs de mini-ataque.
"Há uma discussão ativa em curso sobre a criação de unidades separadas ou unidades anexas armadas com drones de mini-ataque, o que permitirá padronizar o uso deste tipo de arma, aumentar a sua distribuição nas tropas e melhorar a eficácia do combate", disse uma fonte à Sputnik.
Consequentemente, infligir "um número suficiente de pequenos cortes" pode determinar o resultado da guerra moderna, enfatizou o veículo.
As conquistas da Rússia com drones na frente de batalha da operação militar especial, permitem a redução de riscos desnecessários para as suas tropas, enquanto conduz ataques cirúrgicos contra o inimigo. Tudo isso junto mostra que as táticas da Rússia têm sido mais bem-sucedidas que as da OTAN.
Comentar