Segundo apuração do The New York Times, Israel está tentando obter apoio internacional, de forma secreta, para realizar o reassentamento de centenas de milhares de residentes da Faixa de Gaza para o Egito. Mesmo desviando do assunto publicamente, relata o jornal, "pressões diplomáticas nos bastidores" têm acontecido com frequência.
A maioria dos países aliados de Israel, incluindo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, já rejeitaram tal proposta. A justificativa é de que, com o reassentamento em massa, há o risco de que os palestinos deslocados fiquem em território egípcio de forma permanente.
Além disso, a população palestina também condena veementemente a ideia, porque há o temor de que não consigam voltar à Palestina depois do deslocamento em massa, diz a reportagem.
No final de outubro, também em apuração, a Associated Press, citando o gabinete do primeiro-ministro israelense, informou que as autoridades do país reconheceram a existência de um plano de inteligência para reassentar 2,3 milhões de residentes da Faixa de Gaza no Egito, especificamente na Península do Sinai.
Anteriormente, o Financial Times noticiou, citando fontes, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tentou convencer os líderes europeus a pressionar o Egito para aceitar refugiados da Faixa de Gaza. Segundo a publicação, em resposta à pressão ocidental, o Egito ameaçou enviar refugiados de Gaza para países da União Europeia (UE).