"Não haverá um cessar-fogo geral em Gaza sem a libertação de nossos reféns," respondeu Netanyahu. "Quanto a pequenas pausas táticas, uma hora aqui, uma hora ali. Já tivemos isso antes, suponho, iremos verificar as circunstâncias para permitir a entrada de bens humanitários ou a saída de reféns individuais. Mas não acredito que haverá um cessar-fogo geral."
Em entrevista concedida ao canal norte-americano ABC, o chefe de Estado israelense defendeu ainda que Gaza deveria ser governada por aqueles que não querem seguir o caminho do movimento palestino Hamas.
"Aqueles que não querem que o Hamas continue. Acho que Israel terá responsabilidade pela segurança geral por um período indefinido, porque vimos o que acontece quando não temos essa responsabilidade", disse Netanyahu em resposta a uma pergunta do entrevistador do programa.
Para Netanyahu, um cessar-fogo geral "prejudicará o esforço de guerra, nosso esforço para libertar nossos reféns, porque a única coisa que funciona com esses criminosos do Hamas é a pressão militar que estamos exercendo".
O presidente dos EUA, Joe Biden, e altos funcionários de seu governo têm pressionado Israel por pausas "humanitárias" no conflito para permitir a entrada de mais ajuda em Gaza e para que mais civis possam escapar dos combates no enclave palestino. Biden e Netanyahu discutiram o assunto mais cedo, de acordo com a Casa Branca, embora não tenham alcançado acordo aparente.
No entanto, quando o jornalista perguntou se haveria uma pausa desse tipo se o Hamas concordasse em libertar os mais de 240 reféns, ele respondeu: "Haverá um cessar-fogo com esse propósito".
Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde da Palestina, mais de 10 mil pessoas foram mortas por conta de bombardeios à região de Gaza, a maior parte foram mulheres e crianças. Em Israel, o número de vítimas ultrapassa as 1,4 mil.