Para o jornalista, o fracasso da contraofensiva, lançada pelas Forças Armadas Ucranianas em 4 de junho, exacerbou as contradições entre Washington e Kiev.
"Nos bastidores, as autoridades ucranianas e americanas frequentemente apontam o dedo umas para as outras. Os americanos reclamam em particular que os ucranianos fizeram um péssimo trabalho ao montar uma ofensiva de armas combinadas ao estilo das praticadas pela OTAN", afirmou.
Por sua vez, os ucranianos se queixam de que o Ocidente não providenciou armas suficientes para investir contra as fortificações russas, e que muitas das armas recebidas estavam em mau estado de funcionamento.
"A Ucrânia carece de equipamento de remoção de minas e de veículos blindados e, mais importante ainda, de poder aéreo suficiente", disse Booth.
Treinadas e armadas pelo Ocidente, em 4 de junho as Forças Armadas da Ucrânia lançaram uma contraofensiva nas regiões de Zaporozhie, no sul de Donetsk e Artyomovsk. Desde o início da operação a Ucrânia já perdeu 90 mil soldados, entre mortos e feridos, além de 600 tanques e 1.900 veículos blindados, segundo o Ministério da Defesa russo.