Os cidadãos alemães devem garantir a proteção dos judeus que vivem no país contra a onda de ataques antissemitas desencadeada pela guerra Israel-Hamas, disse o chanceler Olaf Scholz.
"Qualquer pessoa que ataque os judeus na Alemanha está atacando todos nós. É por isso que todos devemos defender a proteção dos judeus na Alemanha. É uma questão de coragem cívica", disse Scholz ao jornal Mannheimer Morgen no fim de semana.
Scholz acrescentou que o vice-chanceler Robert Habeck "formulou muito bem a posição de todo o governo federal em seu vídeo nas redes sociais".
Em um discurso de dez minutos publicado na quarta-feira (1º), Habeck disse que "pouquíssimos" muçulmanos alemães tomaram posição em defesa dos judeus em casa e contra as ações do grupo militante palestino Hamas, que matou cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, durante sua incursão em Israel no dia 7 de outubro.
Habeck apelou à comunidade muçulmana para se distanciar das manifestações de antissemitismo que aumentaram drasticamente após o recente surto de violência no Oriente Médio.
Em declarações ao Mannheimer Morgen, Scholz disse que Berlim está trabalhando com Israel e "utilizando todos os contatos na região para facilitar a libertação incondicional de todos os reféns" detidos pelo Hamas.
Nesta semana, a ministra do Interior, Nancy Faeser, anunciou a proibição das atividades do Hamas, que está listado como organização terrorista na Alemanha.