Os grupos de direitos humanos palestinos Al Mezan, Al-Haq e o Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR, na sigla em inglês), em comunicado conjunto, alertaram que a população de Gaza enfrenta um "genocídio iminente, juntamente com deslocamentos forçados em massa e limpeza étnica", apelando a um "cessar-fogo imediato no enclave costeiro sitiado".
"A ofensiva militar israelense causou o maior deslocamento em massa de palestinos, em um período muito curto de tempo, desde a Nakba de 1948: cerca de 1,5 milhão de palestinos, 65% da população de Gaza, estão deslocados internamente dentro da região", confirmaram as organizações.
A Nakba, ou "catástrofe" em árabe, refere-se aos 760 mil palestinos que perderam suas casas ou foram deslocados durante a guerra de 1948, que coincidiu com a criação do Estado de Israel.
Além disso, a nota diz que o deslocamento foi causado por "ordens de evacuação" israelenses e "bombardeios implacáveis".
"Enquanto escrevemos, a ameaça de deslocamento forçado em massa para o Egito e de limpeza étnica de mais de dois milhões de palestinos permanece iminente", afirmaram as organizações.
Ao fim, o comunicado informa que "é imperativo que a comunidade internacional tome medidas imediatas para interromper a campanha militar vingativa de Israel contra Gaza" e "impedir a tentativa de deslocamento forçado de palestinos".